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style="width: 100%;" data-filename="retriever">Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)
Tiago Pontelli (foto) comanda rede de óticas que emprega 50 pessoas na cidade
"Precisamos lembrar que a nossa economia funciona muito naquilo que acontece com o meu vizinho. A economia de uma cidade como Santa Maria, por exemplo, está diretamente ligada ao resultado que o meu vizinho de prédio, que o meu colega ao lado tem. Não estamos isolados. Se o meu movimento cai, eu deixo de consumir em um restaurante, deixo de comprar uma roupa nova ou trocar meu carro. Está tudo relacionado". O conceito de economia em rede é explicado em poucas palavras pelo empresário Tiago Pontelli, um dos proprietários da rede de óticas, com sede em Santa Maria, que leva como marca seu sobrenome. A história dele também faz parte da série #portodosnós.
Em meio à pandemia do coronavírus e à dificuldade financeira enfrentada por inúmeros empreendimentos, manter uma empresa economicamente saudável é um desafio e tanto para o setor.
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Há 21 anos no mercado, com cinco lojas espalhadas pelo Coração do Rio Grande e 50 funcionários diretos, o empresário tem uma preocupação que não fica restrita ao seus estabelecimentos e à manutenção dos colaboradores. Tiago sabe que manter empregos significa que seus funcionários irão consumir em lojas da cidade e, assim, a engrenagem da economia irá girar em meio à situação atípica que, invariavelmente, todos nós enfrentamos.
- É uma situação que a gente nunca presenciou nada parecido. É uma coisa sem precedentes. Então, estamos tentando assimilar o que está acontecendo. Existe a preocupação quanto à questão da saúde, que é a coisa mais importante do momento, e a curto, médio e longo prazo, a questão da economia - reflete o empresário.
Segundo ele, o setor de óticas e joalherias estima que, a cada um emprego direto criado, outros cinco indiretos são estabelecidos. Ou seja, em torno de 250 famílias dependem do sucesso negócio que presta um serviço essencial a muitas pessoas: fazer com que a população enxergue bem.
- Tivemos autorização de abrir antes do comércio em geral porque a nossa prestação de serviço é essencial e muito necessária. O óculos faz parte da vida das pessoas - relata Fernanda Fontoura, gerente de uma das lojas.
"A Pontelli é a minha segunda casa"
Com o semblante alegre, embora o sorriso fosse escondido pela máscara de proteção individual, Fernanda Fontoura, gerente de uma das lojas Pontelli aguardava em pé os clientes da ótica na manhã de ontem.
É assim que, há nove anos, ela recebe quem vai até o local, que fica na esquina da Rua do Acampamento com a Astrogildo de Azevedo. Para Fernanda, o período em que o empreendimento ficou fechado, por determinação municipal em função da pandemia do coronavírus, foi "frustrante".
- A Pontelli é a minha segunda casa, são nove anos. É uma empresa que eu gosto muito de trabalhar. Sou comunicativa e me dou bem com os clientes. Para mim, esses dias em casa foram frustrantes, porque a minha vida é isso aqui. É conversar com os clientes - relata.
Com os braços debruçados sobre o vidro repleto de armações em baixo, Fernanda ressalta a qualidade do serviço prestado no local.
- Sempre vamos prestar o melhor atendimento com o máximo nível de qualidade. E, para isso acontecer, a empresa nos fornece equipamento, tecnologia. Todas as ferramentas necessárias. Estamos trabalhando mais do que nunca - afirma.
#portodosnós
A campanha é uma iniciativa do Diário em parceria com a prefeitura de Santa Maria e conta com apoio de: AHturr , Ajesm, Apusm, Associação Rural de Santa Maria, ATU, Cacism, CDL, Espaço Contábil, OAB, Secovi, Secsm, SHRBS, Sindigêneros, Sindilojas, Sinduscon, Simprosm